PENSAMENTO SINNAPSE

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota; do que formar fila com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito."

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Aparelho reprodutor feminino

Assim como no sexo masculino, no feminino há as gônadas, denominadas ovários. Os dois ovários estão localizados na parte inferior do abdome, um de cada lado. São corpos amendoados e possuem milhares de formações chamadas folículos ovarianos.Cada folículo contém, em seu interior, um óvulo cercado por células folículares que se modificam após a ovulação, formando um órgão secretor de hormônio, o corpo lúteo. Depois de duas semanas de vida secretora, caso não se inicie a gravidez, o corpo lúteo degenera e posteriormente, dentro de poucas semanas, é reabsorvido.
Quando uma criança do sexo feminino nasce, ela possui cerca de
300.000 óvulos imaturos em seus ovários, porém entre 400 e 500 de ovulos serão utilizados durante a vida adulta. No período do nascimento á puberdade, o estado desses óvulos permanece praticamente inalterado.Na
puberdade, a hipófise inicia a secreção dos hormônios gonadotróficos, que promovem o crescimento dos folículos ovarianos, culminando na liberação de um óvulo a cada mês (ovulação), durante todo o período fértil da mulher. Os ovários costumam alternar-se durante a ovulação, ora um ora outro desenvolve seus folículos.
Durante a maturação do folículo ovariano ocorre à produção do hormônio estrogênio, responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias. O hormônio progesterona também é produzido durante a ovulação e estimula o espessamento da mucosa que forra o útero (endométrio) na qual, se houver a fecundação, o embrião irá se fixar.
Com a maturação do folículo ovariano, o óvulo é expulso (ovulação), percorrendo a tuba uterina. A mulher possui duas tubas, ductos finos que servem de caminho para os óvulos, ligando cada ovário ao útero. Circundando os ovários, nas extremidades das tubas, há múltiplos filamentos longos, chamados fímbrias. As fímbrias, bem como o interior das tubas, são revestidas com cílios que sempre se movem na direção do útero e, portanto, “empurram“ o óvulo até o útero.
Geralmente, é na porção inicial da tuba que ocorre a fecundação (união do óvulo com o espermatozóide). Se num prazo de 8 a 24 horas após a liberação do óvulo pelo ovário não ocorrer a fecundação, o óvulo morre. Entretanto, havendo a fecundação, o ovo começa a se multiplicar enquanto ainda está na tuba, indo se fixar no útero, no qual se desenvolverá e crescerá o feto.
O útero é um órgão muscular e elástico, situado entre o intestino grosso e a bexiga, tem o formato de pêra e o tamanho aproximado de um punho adulto fechado. Durante a gravidez ele chega a se distender mais de mil vezes, retornando ao seu tamanho inicial algum tempo depois do parto. A porção inferior (colo do útero) comunica-se com a vagina. Por ocasião do parto, o colo do útero dilata-se em movimentos rítmicos, permitindo a passagem da criança.
A vagina é um canal muscular,elástico, que liga o útero ao exterior do corpo e está localizada entre uretra e o reto. Serve de canal para a eliminação do fluxo menstrual e durante o processo normal do parto é o canal pelo qual passa a criança. Durante a relação sexual é o órgão em que o pênis penetra. Próximo á sua abertura para o exterior, a vagina possui uma membrana denominada hímen, que costumeiramente se rompe por ocasião da primeira relação sexual, podendo ou não ocorrer um pequeno sangramento nesse momento.
Internamente, a vagina é forrada por uma mucosa secretora, cuja a função é mantê-la lubrificada, facilitando assim o ato sexual. Quando a mulher se prepara para o relacionamento sexual, ocorre intumescimento da genitália externa e do canal vaginal, devido ao afluxo de sangue ao local. Gradualmente, a excitação vai aumentando e, durante o ato sexual, a mulher pode atingir o máximo de sua estimulação, chegando ao orgasmo.
A genitália externa feminina, comumente chamada da vulva, é a abertura vertical da parte inferior do abdome e apresenta duas dobras de pele, denominadas lábios maiores e menores. Além disso, apresenta uma região extremamente sensível e erétil, o clitóris. Os lábios maiores encontram-se em volta da abertura vaginal sob os pêlos (monte do púbis) e internamente, apresentam tecido mucoso. Os lábios menores também são dobras externas á região vaginal que revestem e protegem a porção anterior da vagina e possuem glândulas mucosas e sebáceas.






O clitóris está localizado na parte superior da vulva, um pouco antes da abertura da vagina e está relacionado ás sensações de excitamento sexual. Seu corpo apresenta formação semelhante ao pênis, sendo em sua maior parte constituindo por tecido erétil, o que faz com que o clitóris fique ereto durante a excitação sexual, do mesmo modo como o pênis. A extremidade do clitóris é bastante sensível (como a glande do pênis), em parte por conter concentração extremamente elevada de receptores sensoriais.
O Ciclo menstrual

A puberdade é o inicio da vida reprodutiva e, na maioria das jovens, entre os 11 e 16 anos. È a esse tempo que a jovem começa a apresentar ciclos mensais da secreção de hormônios sexuais, culminando na menstruação.
A primeira menstruação denomina-se menarca e, a partir daí, estabelece-se um ciclo ovulatório ou menstrual, que costuma ter, em média, 28 dias, sendo interrompido durante a gravidez. Em certas mulheres podem ocorrer ciclos de 22 a 35 dias, também considerados normais. Entre 40 e 50 anos, a atividade ovulatória cessa, é a menopausa, que acontece porque os ovários, após cerca de 30 anos de atividade, não possuem folículos suficientes que produzam estrógeno e progesterona. Logo após surgem variações hormonais e o organismo se reequilibra. A partir desse momento, a atividade reprodutora cessa, porém, a atividade sexual não finda e a mulher pode relacionar-se sem risco de concepção.
O ciclo sexual feminino mensal é causado pela secreção alternamente dos hormônios gonadotróficos (foliculoestimulante e luteinizante) pela glândula hipófise, e de estrogênio e progesterona pelos ovários. No início do ciclo mensal, a hipófise começa a secretar quantidades crescentes do hormônio foliculoestimulante, juntamente com quantidades menores de hormônio luteinizante, a ação conjunta desses dois hormônios faz com que vários folículos comecem a crescer nos ovários, e produzam uma secreção considerável de estrogênio. Acredita-se que, então, o estrogênio iniba a secreção dos hormônios foliculoestimulante (FSH) e luteinizante (LH) fazendo com que em torno do 10°dia do ciclo, suas secreções fiquem muito reduzidas. O estrogênio age também sobre o revestimento interno do útero (endométrio), fazendo com que comece a se espessar e a se revestir de substâncias, cuja função é nutrir inicialmente o embrião, que eventualmente vier a surgir.
A hipófise, então, recomeça a secretar grandes quantidades dos dois hormônios gonadotróficos, mas, especialmente o hormônio luteinizante. Esse aumento na secreção do hormônio luteinizante também é considerado como resultante da ação do estrogênio, e provoca a etapa final extremamente rápida do desenvolvimento de um folículo, fazendo com que ocorra sua ruptura e a ovulação. Com a ovulação, o óvulo maduro passa á tuba e se direciona para o útero. O período médio de vida do óvulo é de 48 horas. Os dois dias anteriores e os dois posteriores á ovulação são os de maior fertilidade.
O processo de ovulação, ocorrendo aproximadamente no 14°dia do ciclo de 28 dias, leva ao desenvolvimento do corpo lúteo, que secretar grandes quantidades de progesterona, enquanto continua a secretar quantidades consideráveis de estrogênio. A progesterona também prepara o útero para uma eventual gravidez, promovendo um maior espessamento do endométrio; a secreção de um liquido nutriente pelas glândulas endometriais, que pode ser usado pelo óvulo fecundando entes de sua implantação; o acúmulo de substâncias gordurosas e de glicogênio nas células endometriais; e, o aumento do fluxo sangüíneo para o endométrio.
O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem a hipófise mais uma vez e diminuem de modo acentuado a secreção dos hormônios foliculoestimulante e luteinizante. Na ausência da ação estimuladora desses hormônios e não havendo fecundação, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção tanto do estrogênio como da progesterona, fica muito reduzida. Nesse momento, então, a musculatura do endométrio inicia suas contrações e o endométrio desprende-se. A eliminação do endométrio é acompanhada por um sangramento, e o conjunto é denominado fluxo menstrual, que sai pela vagina.
A esse tempo, livre da inibição do estrogênio e da progesterona, a hipófise começa novamente a secretar grandes quantidades de hormônio foliculoestimulante, o que inicia o ciclo do mês seguinte. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.
Caso tenha ocorrido a fecundação, a progesterona continua sendo produzida pela placenta, fazendo com que a parede do útero fique espessa até o final da grávidez. Isso explica por que a maioria das mulheres grávidaz não menstruam.

A fecundação e a gestação

A fecundação é a união do espermatozóide com o óvulo e ocorre, geralmente, na primeira porção de tuba uterina, pois as condições existentes nessa região são extremamente favoráveis. Após ter sido expelido pelo ovário, o óvulo permanece viável por um período de 8 a 24 horas, enquanto os espermatozóides conseguem sobreviver no aparelho genital feminino, nas condições usuais, por cerca de 24 a 48 horas. Assim, quando o relacionamento sexual ocorre em períodos próximos á ovulação, possibilidade de ocorrer à fecundação é muito maior.
Apesar de chegarem ás tubas milhares de espermatozóides, apenas um irá fecundar o óvulo. Imediatamente após a fecundação, forma-se ao redor do zigoto uma membrana que impede a penetração de qualquer espermatozóide.
O momento mais importante da fecundação é a união dos núcleos feminino e masculino. A partir desse momento a célula – ovo começa a dividir-se e forma-se o embrião. O ovo segue seu caminho pelas tubas e entre o 4° e 5°dia chega ao útero, fixando-se a uma região de endométrio. Esse processo denomina-se nidação.
Após a fixação do embrião, um conjunto de membranas o reveste e o protege. No interior das membranas forma-se um líquido denominado líquido amniótico, cuja função é proteger o embrião.
Aproximadamente 12 semanas após a fecundação, a placenta, com seu tecido ricamente vascularizado, já terá se desenvolvido até uma fase suficiente para prover a nutrição fetal. È por meio do cordão umbilical, ligado á placenta, que o embrião recebe substancias nutritivas e elimina resíduos, pois o cordão umbilical contém duas grandes artérias umbilicais e uma calibrosa veia umbilical. Porém, o sangue do feto e da mãe não entram em contato; as substâncias passam de um local ao outro pelas paredes bem finas dos vasos capilares.
Cerca de dezoito dias após a fecundação, um conjunto de células, que futuramente formará o coração, começa a pulsar. Ao fim do 2°mês, o embrião já tem os membros e a grande maioria de seus órgãos. Após 8 ou 9 semanas, o embrião já terminou de formar seus órgãos, passando á fase de feto. Embora o feto já possua todos os órgãos, estes ainda serão desenvolvidos.
Todo o processo, desde a fecundação até o nascimento, denomina-se gravidez ou gestação e costuma levar cerca de 280 dias ou 9 meses. Após completar esse desenvolvimento normal, inicia-se o processo de parto. A musculatura uterina começa se contrair ritmicamente, diminuindo lentamente o intervalo entre as contrações. Começa a ocorrer à dilatação do colo uterino e do canal do parto (vagina). A bolsa rompe-se liberando o liquido amniótico.



Após a expulsão, o médico corta o cordão umbilical do feto que, a partir desse momento, adquire vida independente, começando a respirar por meio dos próprios pulmões. Geralmente, o peso médio do recém-nascido é de 3.200 g e seu comprimento é de 50 cm. Depois do nascimento, a placenta e as membranas fetais também são expulsas, e nas seis semanas seguintes, o útero vai gradativamente voltando ao normal.



Lactação

Logo após o nascimento, inicia-se a secreção de um líquido chamado colostro, que contém quase essencialmente a mesma concentração de proteínas e de lactose que o leite, mas não contém praticamente nenhuma gordura, e sua intensidade máxima de produção é de cerca de um centésimo da intensidade de secreção subseqüência de leite. Entre o 2° e o 4° dia após o parto, as glândulas mamárias, sob efeito do hormônio prolactina, iniciam a produção de leite.
A prolactina é secretada pela adeno-hipófise e sua concentração no sangue aumenta de forma contínua e progressiva, a partir da 5° semana de gravidez até o nascimento do feto. Durante a gravidez, a ausência de lactação é causada pelos efeitos supressivos da progesterona e do estrogênio secretados em grandes quantidades enquanto a placenta estiver no útero. Esses dois hormônios atuam também sobre o desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez. Entretanto, imediatamente após o nascimento do feto, a perda súbita da secreção de estrogênio e de progesterona pela placenta permite, agora, que o efeito lactogênico da prolactina materna assuma seu papel natural, e, dentro de dois a quatro dias , as mamas começam a secretar quantidades copiosas, em lugar de colostro.
A expulsão ou ejeção do leite ocorre sob efeito de outro hormônio, a ocitocina, secretada pela neuro-hipófise. Quando o bebê suga o mamilo, em geral, não obtém leite nos primeiros segundos. Então, o leite aparece nos ductos das duas mamas, pois a secção provoca sinais neuro-sensoriais que vão estimular a hipófise. A ocitocina secreta cai no sangue e é levada até as mamas, ai atua sobre as células que circundam os alvéolos, em que fica coletando o leite, fazendo-os contrair e expelir o leite para seios e canais galactóforos, que vão desaguar nos mamilos.
A amamentação materna (aleitamento) é fundamental para o desenvolvimento da criança, sendo muito eficiente que o aleitamento artificial. Além disso, por meio do leite materno, a criança recebe da mãe substâncias imunizadoras contra várias doenças.