PENSAMENTO SINNAPSE

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota; do que formar fila com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito."

domingo, 3 de junho de 2012

PEROPERATÓRIO - PRÉ OPERATÓRIO

O período pré-operatório tem início no momento em que o paciente recebe a indicação da cirurgia e se estende até a sua entrada no Centro Cirúrgico.

Esse período divide-se em duas fases:

PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO e PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO.

FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS

·         Hipovolemia
·         Desidratação ou distúrbios eletrolíticos (Ex; Sódio – Na, Potassio – K);
·         Déficits nutricionais;
·         Extremos etários (Muito jovem ou muito idoso);
·         Extremos de peso (Desnutrição, obesidade);
·         Infecção;
·         Anormalidades imunológicas;
·         Doenças pulmonares (Asma, bronquite);
·         Doença renal;
·         Gravidez;
·         Doenças cardiovasculares (IAM, ICC, Arritmias, Hipertensão);
·         Distúrbios Endócrinos (Diabetes Mélitus, disfunção da tireóide);
·         Disfunção hepática;
·         Drogas e álcool;
·         Pacientes com necessidades especiais (Visão, audição, fala, movimentação).

PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO

Esta fase corresponde do momento da indicação da cirurgia e termina 24 horas antes de seu início, geralmente neste período o paciente ainda não se encontra internado.

Neste período, sempre que possível, o paciente deve:

·         Passar por uma avaliação médica geral;
·         Fazer exames clínicos detalhados (exames de sangue, RX, eletrocardiograma);
·         Solicitar de equipamentos e materiais especiais;
·         Esclarecer a família e auxiliá-la a entender o processo da cirurgia;
·         Iníciar do preparo do paciente para o período pós operatório;
·         Identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o risco cirúrgico.

PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO

Esta fase compreende às 24 horas que antecedem a cirurgia. De modo geral, o paciente é admitido no hospital dentro desse período, como o objetivo de ser devidamente preparado para o ato cirúrgico, porém, isso pode variar devido ao tipo de cirurgia, instituição ou do estado do paciente.

ADMISSÃO DO PACIENTE

É necessário compreendermos as dúvidas, medos e ansiedades que povoam o pensamento de quem vai ser operado. A separação da família, o medo do desconhecido e as possibilidades de dor, de complicações, de morte, criam uma situação de insegurança para o paciente cirúrgico.

Por isso é de extrema importância acolher o paciente e esclarecer as dúvidas que estiverem a seu alcance e encaminhar as demais a quem de direito.

Durante a admissão é importante obter algumas informações importantes como:

·         Tratamentos anteriores;
·         Medicamentos em uso;
·         Alergias diversas, inclusive ao látex;
·         Experiências cirúrgicas anteriores;
·         Antecedentes familiares;
·         Fatores de risco (fumo,alcoolismo, drogas).

Também é importante no  período pré operatório imediato:

    • Avaliar o estado de dor;
    • Avaliar o estado nutricional;
    • Rever prontuário, verificando se todos os exames solicitados estão corretos;
    • Identificar o paciente;
    • Verificar o sítio cirúrgico, avaliando estado geral de higiene e encaminhá-lo para o banho pré operatório;
    • Estabelecer acesso venoso;
    • Fazer reserva de hemoderivados;
    • Fazer reserva de sala operatória;
    • Solicitar de equipamentos e materiais especiais;
    • Preparo da pele e tricotomia que deve ser feita o mais próximo possível do ato cirúrgico;
    • Preparo intestinal;
    • Jejum – Na medida do possível, o estomago do paciente deve estar vazio no momento da cirurgia, pois as medicações anestésicas podem provocar vômitos e pode ocorrer a aspiração de conteúdo gástrico para os pulmões;
    • Esclarecer, dentro de suas atribuições, as dúvidas do paciente;
    • Providenciar assinatura do termo de autorização para cirurgia.

NO DIA DA CIRURGIA

·         Auxiliar ou orientar para que o paciente esvazie a bexiga e o instestino;
·         Retirar próteses;
·         Retirar lentes de contato;
·         Retirar jóias;
·         Retirar piercings;
·         Banho pré operatório com anti-séptico;
·         Verificar sinais vitais 30 minutos antes da cirurgia e informar qualquer alteração;
·         Conferir se os exames estão junto ao prontuário;
·         Administrar medicação pré anestésica;
·         Fornecer camisola e gorro.

CIRURGIAS DE EMERGÊNCIA

            As Cirurgias de emergência não são planejadas e acontecem com pouco tempo para preparação do paciente e da equipe. Muitas vezes, o paciente irá para o procedimento cirúrgico sem as informações devidas ou com informações incompletas, colhidas por testemunhas, equipe de resgate ou familiares.

            É necessário uma rápida avaliação do paciente durante o atendimento inicial para verificar todas as lesões possíveis para que as mesmas sejam corrigidas em sua totalidade ou que sejam posteriormente corrigidas quando possível.

 CIRURGIA SEGURA

Embora a cirurgia em local errado ou no paciente errado seja rara, mesmo um

incidente isolado pode resultar em dano considerável ao paciente. Há relatos

recorrentes e persistentes de cirurgias em locais errados, como nos pulmões e cérebro

e de pacientes que tiveram o rim , a glândula adrenal, a mama ou outro orgão

removido de forma errada.

Estima-se que as cirurgias em local errado e no paciente errado ocorrem em cerca de 1 em 50.000–100.000 procedimentos nos Estados Unidos, equivalente a 1.500–2.500 incidentes por ano.

DEZ OBJETIVOS ESSENCIAIS PARA A CIRURGIA SEGURA

1. A equipe operará o paciente certo e o local cirúrgico certo.

2. A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de

anestésicos, enquanto protege o paciente da dor.

3. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou

de função respiratória que ameacem a vida.

4. A equipe reconhecera e estará efetivamente preparada para o risco de grandes

perdas sanguineas.

5. A equipe evitara a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica

sabidamente de risco ao paciente.

6. A equipe usara de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o

risco de infecção no sitio cirúrgico.

7. A equipe impedira a retenção inadvertida de instrumentais ou compressas nas

feridas cirúrgicas.

8. A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes

cirúrgicos.

9. A equipe se comunicara efetivamente e trocara informações criticas para a

condução segura da operação.

10. Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina

sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos.