Após 1846, com o desenvolvimento da
anestesia, evoluiu também a cirurgia, que se limitavam basicamente a
procedimentos de amputação.
Também ocorreu a partir do século
XIX a evolução de equipamentos, instrumentais e planta física dos CC.
Desde seus primórdios a enfermagem
de CC, é responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo para realização
da operação, e teve que evoluir em conjunto com os procedimentos que passaram
de simples atos manuais para procedimentos realizados por robôs
computadorizados, exigindo um crescente desenvolvimento da capacidade técnica
de seus quadros.
O Centro Cirúrgico tem por finalidade realizar
procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas
melhores condições possíveis de integridade.
Sala de Operações
ARQUITETURA DO CENTRO
CIRÚRGICO
O CC é composto por uma série de
dependências interligadas, a fim de proporcionar ótimas condições do ato
anestésico-cirurgico. Deve ter fácil acesso às unidades como: Emergência, UTI e
Internação, bem como as unidades de apoio Farmácia, Banco de Sangue,
Laboratório, RX e CME.
Geralmente é dividido em:
- Vestiários
- Estar Médico
- Copa
- Administração
- Expurgo
- DML
- Troca de Macas
- RPA
- Salas de Cirurgia
- Escovação
- RX
- Depósito de Equipamentos
- Farmácia Satélite
- Depósito de Material Esterilizado
- Espera de Visitantes
ÁREAS
DO CENTRO CIRÚRGICO
De
acordo com o risco de contaminação para o paciente os ambientes dentro de
estabelecimentos de saúde são classificados da seguinte forma.
ÁREAS CRÍTICAS: Grande risco de infecção, onde se realizam procedimentos de risco ou onde se encontram paciente imunodeprimidos. No CC, corredor interno, SO, RPA.
Necessário:
Trafego somente de pessoal do setor, uso de máscaras, toucas, roupas privativas
e técnicas assépticas.
ÁREAS SEMI-CRÍTICAS:
Todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas
de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. No CC, expurgo, sala de
estar e sala de preparo de material.
Necessário:
Trafego somente de pessoal do setor, toucas, roupas privativas e técnicas
assépticas.
ÁREAS NÃO CRÍTICAS:
Todos os compartimentos que não sejam ocupados por pacientes ou que não
se realizem procedimentos de risco. No CC, corredores e vestiários.
Necessário:
Trafego de pessoas liberado, não há necessidade de vestimenta especial.
RECOMENDAÇÕES DE
LIMPEZA DO CENTRO CIRÚRGICO
A
limpeza do CC consiste não somente na remoção das sujidades de equipamentos e
materiais, mas também em um controle ambiental, que implica em controlar acesso
e trânsito de pessoas dentro do CC e da SO.
Os
tipos de limpezas podem ser
classificadas em:
LIMPEZA CONCORRENTE: Ocorre após o termino de cada
cirurgia.
LIMPEZA TERMINAL: Ocorre ao final de cada dia de
trabalho e após cirurgias contaminadas ou infectadas.
EQUIPAMENTOS
BISTURI ELÉTRICO
O
bisturi elétrico, é um equipamento elétrico destinado a gerar e aplicar uma
corrente elétrica de forma a não causar os efeitos indesejáveis da eletricidade
no corpo humano.
A
corrente elétrica de alta freqüência aquece a ponta da pinça, e passa através
do corpo do paciente e é eliminada pela placa dispersiva. Essa potencia do
gerador pode ser usada de forma Monopolar ou Bipolar.
BISTURI ELÉTRICO
MONOPOLAR: permite
a coagulação, dissecção e fulguração, necessário uso de placa dispersiva de
energia.
BISTURI ELÉTRICO
BIPOLAR: permite a
coagulação de tecidos com uma freqüência menor que do bisturi monopolar e
elimina a necessidade da placa dispersiva.
CUIDADOS
Instalar
a placa dispersiva o mais próximo possível do local da cirurgia em músculos de
grande porte (panturrilha, face posterior da coxa e glúteos), evitar regiões
com um grande numero de pelos, utilizar gel para aumentar o contato, manter
plug do cabo da placa afastado do corpo do paciente, manter o paciente sobre
uma superfície seca sem contato com metais, atentar para risco de combustão
devido ao uso de inflamáveis na SO, verificar o uso de marca passo, verificar o
local da placa dispersiva antes e após o ato cirúrgico.
OUTROS EQUIPAMENTOS
·
Aspiradores;
·
Focos
cirúrgicos móveis e fixos;
·
Equipamentos
de vídeo cirurgia;
·
Arco
cirúrgico;
·
Estações
de Anestesia;
·
Monitores
Multiparamétricos;
·
Garrote
Pneumático.
MONTAGEM DA SALA
OPERATÓRIA
·
Verificar
o pedido de cirurgia, certificando-se do material básico, aparelhos ou alguma
solicitação especial;
·
Verificar
as condições de limpeza da sala e realizar limpeza concorrente dos equipamentos;
·
Testar
funcionamento dos equipamentos;
·
Verificar
o lavabo;
·
Equipar
o carrinho de anestesia com medicações e impressos específicos;
·
Dispor
os pacotes de campos, aventais, luvas e caixas de instrumentais em local
acessível.