PENSAMENTO SINNAPSE

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota; do que formar fila com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito."

domingo, 3 de junho de 2012

PERIOPERATÓRIO - CENTRO CIRÚRGICO

Desde a primeira intervenção cirúrgica, marcada pela amputação de membros, a enfermagem em Centro Cirúrgico (CC) esteve presente, provendo auxílio aos envolvidos na restrição do paciente e na limpeza e manutenção do ambiente.
            Após 1846, com o desenvolvimento da anestesia, evoluiu também a cirurgia, que se limitavam basicamente a procedimentos de amputação.
            Também ocorreu a partir do século XIX a evolução de equipamentos, instrumentais e planta física dos CC.
            Desde seus primórdios a enfermagem de CC, é responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo para realização da operação, e teve que evoluir em conjunto com os procedimentos que passaram de simples atos manuais para procedimentos realizados por robôs computadorizados, exigindo um crescente desenvolvimento da capacidade técnica de seus quadros.
             O Centro Cirúrgico tem por finalidade realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade.

      

Sala de Operações

ARQUITETURA DO CENTRO CIRÚRGICO

            O CC é composto por uma série de dependências interligadas, a fim de proporcionar ótimas condições do ato anestésico-cirurgico. Deve ter fácil acesso às unidades como: Emergência, UTI e Internação, bem como as unidades de apoio Farmácia, Banco de Sangue, Laboratório, RX e CME.

            Geralmente é dividido em:
  • Vestiários
  • Estar Médico
  • Copa
  • Administração
  • Expurgo
  • DML
  • Troca de Macas
  • RPA
  • Salas de Cirurgia
  • Escovação
  • RX
  • Depósito de Equipamentos
  • Farmácia Satélite
  • Depósito de Material Esterilizado
  • Espera de Visitantes
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
De acordo com o risco de contaminação para o paciente os ambientes dentro de estabelecimentos de saúde são classificados da seguinte forma.

ÁREAS CRÍTICAS: Grande risco de infecção, onde se realizam procedimentos de risco ou onde se encontram paciente imunodeprimidos. No CC, corredor interno, SO, RPA.
Necessário: Trafego somente de pessoal do setor, uso de máscaras, toucas, roupas privativas e técnicas assépticas.
ÁREAS SEMI-CRÍTICAS:  Todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. No CC, expurgo, sala de estar e sala de preparo de material.
Necessário: Trafego somente de pessoal do setor, toucas, roupas privativas e técnicas assépticas.
ÁREAS NÃO CRÍTICAS:  Todos os compartimentos que não sejam ocupados por pacientes ou que não se realizem procedimentos de risco. No CC, corredores e vestiários.
Necessário: Trafego de pessoas liberado, não há necessidade de vestimenta especial.


RECOMENDAÇÕES DE LIMPEZA DO CENTRO CIRÚRGICO
A limpeza do CC consiste não somente na remoção das sujidades de equipamentos e materiais, mas também em um controle ambiental, que implica em controlar acesso e trânsito de pessoas dentro do CC e da SO.
Os tipos de  limpezas podem ser classificadas em:
LIMPEZA CONCORRENTE: Ocorre após o termino de cada cirurgia.
LIMPEZA TERMINAL: Ocorre ao final de cada dia de trabalho e após cirurgias contaminadas ou infectadas.


EQUIPAMENTOS

BISTURI ELÉTRICO

O bisturi elétrico, é um equipamento elétrico destinado a gerar e aplicar uma corrente elétrica de forma a não causar os efeitos indesejáveis da eletricidade no corpo humano.

A corrente elétrica de alta freqüência aquece a ponta da pinça, e passa através do corpo do paciente e é eliminada pela placa dispersiva. Essa potencia do gerador pode ser usada de forma Monopolar ou Bipolar.

BISTURI ELÉTRICO MONOPOLAR: permite a coagulação, dissecção e fulguração, necessário uso de placa dispersiva de energia.

BISTURI ELÉTRICO BIPOLAR: permite a coagulação de tecidos com uma freqüência menor que do bisturi monopolar e elimina a necessidade da placa dispersiva.

CUIDADOS

Instalar a placa dispersiva o mais próximo possível do local da cirurgia em músculos de grande porte (panturrilha, face posterior da coxa e glúteos), evitar regiões com um grande numero de pelos, utilizar gel para aumentar o contato, manter plug do cabo da placa afastado do corpo do paciente, manter o paciente sobre uma superfície seca sem contato com metais, atentar para risco de combustão devido ao uso de inflamáveis na SO, verificar o uso de marca passo, verificar o local da placa dispersiva antes e após o ato cirúrgico.






OUTROS EQUIPAMENTOS

·               Aspiradores;
·               Focos cirúrgicos móveis e fixos;
·               Equipamentos de vídeo cirurgia;
·               Arco cirúrgico;
·               Estações de Anestesia;
·               Monitores Multiparamétricos;
·               Garrote Pneumático.

MONTAGEM DA SALA OPERATÓRIA

·               Verificar o pedido de cirurgia, certificando-se do material básico, aparelhos ou alguma solicitação especial;
·               Verificar as condições de limpeza da sala e realizar limpeza concorrente dos equipamentos;
·               Testar funcionamento dos equipamentos;
·               Verificar o lavabo;
·               Equipar o carrinho de anestesia com medicações e impressos específicos;
·               Dispor os pacotes de campos, aventais, luvas e caixas de instrumentais em local acessível.