Cirurgia
é um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas ou
externas executado através de técnicas geralmente realizadas com auxilio de
instrumentos
A
partir desse conceito de cirurgia, podemos dizer que enfermagem cirúrgica é
aquela que trata dos cuidados globais de
enfermagem prestados nos períodos pré, trans e pós-operatório. Esses cuidados
objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e
reabilitá-lo para se reintegrar à família e a sociedade o mais rápido possível.
CLASSIFICAÇÃO
As
cirurgias podem ser classificadas em função do tempo que decorre desde sua indicação
até a execução, em função de sua finalidade e o tipo, que está relacionado à
infecção.
CLASSIFICAÇÃO POR
TEMPO
CIRURGIA ELETIVA – Aquela que embora necessária, pode
ser programada com antecedência para uma determinada data de conveniência do
paciente e do cirurgião.
Exemplo:
Hernioplastia.
CIRURGIA DE URGÊNCIA – Cirurgia que precisa ser realizada
o mais rápido possível, embora permita um preparo pré operatório, capaz de
melhorar as condições gerais do paciente. Pode ser realizada dentro de 24 à 30
horas.
Exemplo:
Obstrução intestinal
CIRURGIA DE EMERGÊNCIA
– É aquela que
necessita ser realizada imediatamente, não possibilitando muitas vezes o
preparo adequado do paciente. Aplica-se a situações muito graves, quando há
risco iminente de morte. Não se pode adiar.
Exemplo:
Ferimento perfurante do tórax.
CLASSIFICAÇÃO PELA
FINALIDADE
TRATAMENTO
PALIATIVO – Utilizada para compensar os distúrbios, para melhoras as condições,
aliviar a dor.
Exemplo:
Vagotomia (corte do nervo vago que
diminui o acido gástrico).
TRATAMENTO
RADICAL – Remoção total ou parcial de um órgão.
Exemplo:
Nefrectomia (retirada de um dos rins).
TRATAMENTO
PLÁSTICO – Tem finalidade estética ou corretiva.
Exemplo:
Mamoplastia (aumento ou diminuição das mamas).
TRATAMENTO
RECONSTRUTIVO – Tem a finalidade de reconstruir o tecido lesado ou restabelecer
a sua capacidade funcional.
Exemplo:
Reconstrução da valva aórtica.
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO – É a exploração de um determinado órgão para confirmação de um
diagnóstico.
Exemplo:
Biopsia de próstata.
TRATAMENTO
TRANSPLANTE – Tem por finalidade substituir órgãos não funcionantes.
Exemplo:
Transplantes de rim, córnea, coração e outros.
CLASSIFICAÇÃO POR
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
CIRURGIAS LIMPAS: Realizadas em tecidos estéreis ou
passiveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso ou
inflamatório local, cirurgias eletiva não traumáticas, fechamento por primeira
intenção, sem penetração no trato respiratório, digestório e genitourinário,
sem falha técnica e sem drenos.
Exemplo:
Herniorrafia, safenectomia, mamoplastia.
CIRURGIAS
POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Realizada
em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em
tecidos de difícil descontaminação, abertura do trato respiratório, digestório
ou genitourinário, sob condiçõe
controladas, sem contaminação significativa.
Exemplo:
Gastrectomia, colecistectomia, prostatectomia.
CIRURGIAS CONTAMINADAS: Realizadas em tecidos colonizados
por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação é difícil, incisão na
presenção de inflamação não purulenta aguda, quebra grosseira de técnica
asséptica, trauma penetrante a menos de quatro horas, feridas abertas cronicamente.
Exemplo:
Amidalectomia, colectomia, apendicectomia.
CIRURGIAS INFECTADAS: Realizadas em quaisquer tecidos ou
órgãos quando há presença de secreção purulenta, área necrótica ou corpo
estranho, perfuração de vícera, trauma penetrante há mais de quatro horas,
ferida traumática com tecido desvitalizado ou contaminação fecal.
Exemplo:
Cirurgias de reto e ânus com fezes ou pus, ceco perfurado, apendicectomia
supurada, debridamento em escaras.